quinta-feira, 2 de agosto de 2007

TV Pública


Em um brilhante artigo no Buldozer, o engraçadíssimo corba discorre sobre uma verdade: a chatice da TV Nacional.

Agora, embora não possa falar muito das TVs estatais de outros estados, a TV Nacional, que é transmitida aqui em Brasília, pelo que já pude ver, tem seu tempo de programação composto da seguinte maneira:

20% - Pobre se lascando (pleonasmo);
20% - Índio no meio do mato (em geral, se lascando também);
20% - Um monte de gente com títulos imponentes, sentada em cadeirinhas, discutindo pra cacete e chegando à brilhante conclusão de que o país é uma zona e nossos políticos são burros e FDP;
10% - Minorias discriminadas reclamando de como é uma merda ser minoria discriminada;
10% - Pobres lascados descobrindo maneiras de ganhar cem contos por mês copiando o Mestre Vitalino;
10% - Apresentações de cavaquinho;
10% - Desenhos animados feitos com massinha.

Lembro de um programa sobre literatura que achei a síntese de tudo que é a atual TV estatal, um quadro cuja proposta é "estimular a leitura": um gordinho de óculos e cavanhaque (parece alguém que eu conheço, por sinal) aparece sentado numa poltrona de couro marrom com um livro na mão. O obeso em questão é um professor de literatura, e passa uns dez minutos com a câmera fixa nele, falando de como aquele livro que ele tem na mão é legal e merece ser lido. Aí acaba. Se eu lembrasse o nome do "programa", iria atrás de uma imagem para postar aqui, para ninguém duvidar do que estou falando. Não me admira que nenhuma editora faça força para inserir publicidade naquilo.

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