segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dá-lhe Cielo


Gostei muito dessa entrevista do Cielo. Atleta que tem coragem de se posicionar você conta nos dedos, e mesmo que algumas opiniões sejam divergentes, ele tem o meu respeito.

Só um trechinho, pois a completa está aqui.

Pergunta — E como você viu a cobertura da natação em Pequim?

Cielo - Ah, tinha um monte de gente que não tinha a menor noção do acontecia. Um cara na China veio me entrevistar e me chamou de Thiago Pereira o tempo todo. Respondi só para tirar onda dele. Outro elogiou para a minha mãe a virada que dei nos 50 metros quando ganhei a medalha. Nos 50 metros não tem virada! É muita estupidez e despreparo. A maioria dos jornalistas na China caiu de pára-quedas. Fingimos que não percebemos. A moçada entende só de futebol.

Pergunta — Você não foi reconhecido nem por repórter brasileiro? E as medalhas que tinha conseguido no Pan não valeram?

Cielo - Vou falar a verdade: fora do Brasil, o Pan não é nada. A minha faculdade não coloca no meu currículo as medalhas do Pan. Acham que até iria desvalorizar. Os EUA vieram para o Brasil com o time C. A verdade é essa. Houve muita festa à toa.

Pergunta — Você vai nadar quantas Olimpíadas?

Cielo — Quero nadar enquanto me sentir bem. Darei o máximo e sei que chegarei ao ápice em 2012. Me esforçarei para ir até 2016 motivado. Se estiver de saco cheio, paro. Antes quero alcançar o recorde mundial e queimar o papel que está no teto do meu quarto nos EUA (referindo-se à meta de 21s nos 50m livre).

Pergunta — E o seu Réveillon?

Cielo — Ah, será como o último. Tenho certeza. Às 6h estarei na piscina, lá na minha faculdade. Como virou tradição, o meu técnico me fará nadar 365 vezes a piscina de 25 metros. Ele diz que é para ter sorte em todos os dias do ano.

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