quarta-feira, 16 de julho de 2008

Ainda na esfera pública.

Acima: Grevistas da inglaterra entregando proposta salarial para a Rainha.

Não acho que as discussões - no bom sentido - que travo com meus amigos são ruins. Muito pelo contrário, pois elas me fazem pensar bastante; até porque, graças a Deus, eles não tem vergonha de me falar as coisas, por mais incômodas que possam ser.
Esse fim de semana conversei com o Pipe, a respeito de greve e esse tipo de coisa. Muitas coisas existentes na esfera privada, estão sendo implantadas nos órgãos públicos: metas institucionais, promoção por merecimento, estabilidade dos bons funcionários são coisas que aos poucos vão ganhando espaço.
Falamos também sobre os funcionários que desempenham uma função e de repente vêem a sua área de competência ser transferida para outro órgão, muitas vezes criado para isso. Analogicamente, o pipe acha que é outra "empresa" e, pensando bem, eu acho que seria uma espécie de incorporação, ou seja, o funcionário, se for para a nova empresa, não vai com todas as vantagens do antigo cargo, apesar de estar situado e poder galgar novos degrais dependendo de sua competência.
Concordamos também com vários aspectos relacionados à greve, questão em que o márcio participou ativamente da discussão. Realmente como está não dá pra ficar, até porque existem projetos de regulamentação do direito de greve desde que foi promulgada a constituição que não foram sequer apreciadas.
Eu não participei da greve dessa vez (só de uma paralisação de advertência), até porque os representantes do governo acenaram com uma proposta aceitável, mas se continuasse com esse salário ridículo faria com certeza, pois enquanto a greve não é regulamentada e não existe mecanismo de aumento salarial por competência esse é o único meio de não sermos fagocitados pela inflação e demais fatores econômicos.
Se esse aumento se consolidar (pois nos reajustes anteriores fique a ver navios) poderei ter uma perspectiva de permanecer aqui, podendo assim fazer metas a médio e longo prazo - aqui as metas também existem, mas enfrentam algumas variáveis adicionais.
Apesar de saber que o Cráudio detesta o judiciário brasileiro - tendo razão na grande maioria dos argumentos - acho que pior seria se houvesse o anarquismo. Eu seria completamente contra as greves se as vantagens da esfera privada existissem na pública - metas, promoção por merecimento regulamentada, incentivos à produtividade e salários compatíveis à reponsabilidade e produtividade. Hoje respondo o seguinte se me perguntarem minha opinião: cada caso é um caso.
Como falei no sábado, generalizações são perigosas. Só não falo que "toda generalização é errada" pela contradição implícita nessa infeliz frase. Mas mesmo o liberalismo, que é um dos principais defensores da competitividade, ganhou com a "competição" das visões políticas diferentes, implementando assim o que prega.
Abaixo: Toca aqui mão invisível!! "Clap"

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