Foi mais rápido do que eu esperava!!!!
"Escrevo isso para lembrar dos pequenos detalhes que costumam sabotar os resultados de receitas simpáticas como o "não reclame, faça". Afinal, essa é uma daquelas receitas impossíveis de serem cumpridas. Devem agora os empresários indispostos com a sanha arrecadatória do governo ou os privilégios dos servidores largar seus negócios e começar a prestar concursos?"
kkkkkkkkkkkkk.
Mas brincadeiras e ironias de lado (tanto do meu quanto do Márcio), não sou absolutamente contra os argumentos colocados nos comentários abaixo. Só acho que parte deles foi colocada de maneira errada. Como diz meu proprio argumentador, isso depende do caráter da pessoa!! Sou a favor das metas na gestão pública (e onde existem, como é o caso da ANVISA, da efetividade delas); não sou a favor da estabilidade "inderrubável" que vige atualmente, e nem de certos gastos desnecessários.
Agora, chamar os pontos positivos do outro lado de privilégio seria muito fácil pra mim. Ganhar uma viagem pra costa do sauípe depois de ter batido uma grande meta é privilégio, só porque eu não tenho? ganhar mais porque a empresa cresce é privilégio, só porque eu não ganho?
Na minha opinião, não!!!
é por isso que digo (e agora coloco em maiúsculo e em negrito):
"PARA SE CHEGAR AO MELHOR, TEMOS QUE JUNTAR ALGUMAS DAS CARACTERÍSITCAS DAS DUAS ESFERAS: PÚBLICA E PRIVADA"
Mas só pra completar, gostaria de rir um pouco dos representantes da esfera pública e privada que o márcio escolheu, olha lá:
"Fica a pergunta: quem contribui mais para o bem público, o mega-empresário Jorge Gerdau que, buscando o enriquecimento próprio, empregou gente e multiplicou renda (ou ele só começou a "fazer" agora, quando participou do movimento?); ou um José Genoíno, de longa carreira pública às custas do erário (quando não estava na mata do Araguaia ou dedurando os colegas guerrilheiros) e que nunca empregou ninguém que não alguns assessores?"
Com certeza eu não escolheria ele pra ser técnico da seleção. Se ele já fosse diplomata estaria escolhendo o Nick Leeson para representante da esfera privada!!! Não acho o argumento dele tão insustentável pra ele precisar apelar desse jeito, na verdade eu acho que ele estava indo bem até cair no lugar comum dos "mocinhos e vilões". Mas fazer o que, um dia ele aprende.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Ficou perfeito!!!
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Pessoas que não reclamam: fazem!!
As 4 pessoas que acompanham este humilde blog devem estar lembradas das colocações que fiz sobre as diferenas entre as iniciativas públicas e privadas bem como seus limites. Estava lendo um artigo muito bom no site do Momimento Brasil Competitivo e fiquei aliviado quando vi que gente do quilate do Jorge Gerdau dispensou a choradeira sobre o estado injusto e fez algo que poucos fizeram - agiram com a proposta de melhorar.
O cara criou um movimento com o intuito de implantar no estado as boas coisas da iniciativa privada. Só o nome MOVIMENTO já revela muita coisa, principalmente quando este verbo excede a ação da língua. É só ver a definição do 6º Congresso deles para perceber que ainda existe gente que sabe que o bem comum reflete no bem individual e que a ação é muito mais efetiva sozinha do que acompanhada do prefixo "reclam".
Eu já era fã do cara, agora fiquei ainda mais. Pra ficar perfeito e eu saber que vai dar certo só falta os pessimistas começarem a falar que isso não vai adiantar nada!!! Aí é certeza :-)
Abaixo: Uma das reclamonas profissionais preocupadas com seu futuro filho.
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terça-feira, 22 de julho de 2008
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Ainda na esfera pública.
Acima: Grevistas da inglaterra entregando proposta salarial para a Rainha.
Não acho que as discussões - no bom sentido - que travo com meus amigos são ruins. Muito pelo contrário, pois elas me fazem pensar bastante; até porque, graças a Deus, eles não tem vergonha de me falar as coisas, por mais incômodas que possam ser.
Esse fim de semana conversei com o Pipe, a respeito de greve e esse tipo de coisa. Muitas coisas existentes na esfera privada, estão sendo implantadas nos órgãos públicos: metas institucionais, promoção por merecimento, estabilidade dos bons funcionários são coisas que aos poucos vão ganhando espaço.
Falamos também sobre os funcionários que desempenham uma função e de repente vêem a sua área de competência ser transferida para outro órgão, muitas vezes criado para isso. Analogicamente, o pipe acha que é outra "empresa" e, pensando bem, eu acho que seria uma espécie de incorporação, ou seja, o funcionário, se for para a nova empresa, não vai com todas as vantagens do antigo cargo, apesar de estar situado e poder galgar novos degrais dependendo de sua competência.
Concordamos também com vários aspectos relacionados à greve, questão em que o márcio participou ativamente da discussão. Realmente como está não dá pra ficar, até porque existem projetos de regulamentação do direito de greve desde que foi promulgada a constituição que não foram sequer apreciadas.
Esse fim de semana conversei com o Pipe, a respeito de greve e esse tipo de coisa. Muitas coisas existentes na esfera privada, estão sendo implantadas nos órgãos públicos: metas institucionais, promoção por merecimento, estabilidade dos bons funcionários são coisas que aos poucos vão ganhando espaço.
Falamos também sobre os funcionários que desempenham uma função e de repente vêem a sua área de competência ser transferida para outro órgão, muitas vezes criado para isso. Analogicamente, o pipe acha que é outra "empresa" e, pensando bem, eu acho que seria uma espécie de incorporação, ou seja, o funcionário, se for para a nova empresa, não vai com todas as vantagens do antigo cargo, apesar de estar situado e poder galgar novos degrais dependendo de sua competência.
Concordamos também com vários aspectos relacionados à greve, questão em que o márcio participou ativamente da discussão. Realmente como está não dá pra ficar, até porque existem projetos de regulamentação do direito de greve desde que foi promulgada a constituição que não foram sequer apreciadas.
Eu não participei da greve dessa vez (só de uma paralisação de advertência), até porque os representantes do governo acenaram com uma proposta aceitável, mas se continuasse com esse salário ridículo faria com certeza, pois enquanto a greve não é regulamentada e não existe mecanismo de aumento salarial por competência esse é o único meio de não sermos fagocitados pela inflação e demais fatores econômicos.
Se esse aumento se consolidar (pois nos reajustes anteriores fique a ver navios) poderei ter uma perspectiva de permanecer aqui, podendo assim fazer metas a médio e longo prazo - aqui as metas também existem, mas enfrentam algumas variáveis adicionais.
Apesar de saber que o Cráudio detesta o judiciário brasileiro - tendo razão na grande maioria dos argumentos - acho que pior seria se houvesse o anarquismo. Eu seria completamente contra as greves se as vantagens da esfera privada existissem na pública - metas, promoção por merecimento regulamentada, incentivos à produtividade e salários compatíveis à reponsabilidade e produtividade. Hoje respondo o seguinte se me perguntarem minha opinião: cada caso é um caso.
Como falei no sábado, generalizações são perigosas. Só não falo que "toda generalização é errada" pela contradição implícita nessa infeliz frase. Mas mesmo o liberalismo, que é um dos principais defensores da competitividade, ganhou com a "competição" das visões políticas diferentes, implementando assim o que prega.
Apesar de saber que o Cráudio detesta o judiciário brasileiro - tendo razão na grande maioria dos argumentos - acho que pior seria se houvesse o anarquismo. Eu seria completamente contra as greves se as vantagens da esfera privada existissem na pública - metas, promoção por merecimento regulamentada, incentivos à produtividade e salários compatíveis à reponsabilidade e produtividade. Hoje respondo o seguinte se me perguntarem minha opinião: cada caso é um caso.
Como falei no sábado, generalizações são perigosas. Só não falo que "toda generalização é errada" pela contradição implícita nessa infeliz frase. Mas mesmo o liberalismo, que é um dos principais defensores da competitividade, ganhou com a "competição" das visões políticas diferentes, implementando assim o que prega.
Abaixo: Toca aqui mão invisível!! "Clap"
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poderia ser melhor
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Aaaaaaahhhh
Tem dias em que você não tem mais paciência nenhuma para encarar o que tem pela frente e quando olha pro relógio percebe que a tarde é uma criança!!!!
Dá uma vontade de sair correndo que nem te conto.
Mas bola pra frente que atrás tem gente.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Toda diferença será castigada --> a dificuldade de escapar de um clichê.
Acima, patinho servidor público tenta convencer os patinhos que se acham superiores a ajudar a mudar a lagoa.
Tem uma frase em uma música que se chama Marcianos invadem a terra, com um trecho que acho dos mais marcantes: “existem muitos formatos, que só tem verniz e não tem invenção, e tudo aquilo contra o que sempre lutam, é exatamente tudo aquilo que eles são”.
Comecei o dia hoje (e terminei o de ontem) pensando nisso. Por mais tolerantes que se achem as pessoas, elas tendem a ter horror às diferenças. Desde futebol na mesa de bar até as diferenças políticas e de concepções profissionais, isso se afirma e prova ser a regra – que algumas vezes é confirmada pelas poucas exceções que surgem.
Hoje em dia a maneira pregada para se mudar as coisas é: abandone-as.
Você não está satisfeito na Igreja?
Muda para outra!!!
A outra não é legal ou o Padre / Pastor falou algo que você não gosta?
Vá para outra!!!
O(a) namorado(a) falou algo que você não concorda ou demonstrou uma falta de cultura imperdoável?
Abandone, pois a fila anda.
O serviço público é uma merda em todos os lugares em que você foi atendido?
Nunca seja um servidor público, porque não é você que vai mudar isso (graças a Deus Roberto Campos não pensava assim)
O que percebo é que se vive uma cultura do Big Brother (como já diria o Pe. Léo SCJ). Se você não gosta elimine!! É mais fácil e indolor.
Ocorre que isso leva a algumas dificuldades e dilemas éticos (devidamente eliminados pelos adeptos da cultura BBB).
Como fica a pessoa usada? Dane-se, é mais uma piranha que peguei.
Como fica o serviço público sem ninguém que realmente queira ser SERVIdoR público? Isso não é problema meu, estou muito ocupado reclamando do governo para pensar nisso.
Tenho amigos que parecem aquelas velhinhas que vão ao mesmo banco a 40 anos e a 40 anos ficam reclamando que a fila é demorada sem fazer nada. Eles reclamam demais do jogo mas não querem entrar pra jogar. Reclamam demais que o serviço público é uma porcaria, mas se acham bons demais para desperdiçar seus prestimosos talentos tentando mudar as coisas lá de dentro. Acham que as 12 horas que trabalham dentro de suas empresas particulares – que exigem metas desumanas – valem mais do que as 12 em que MUITOS do lado de cá trabalham recebendo, muitas vezes, ameaças e punições por trabalharem de forma honesta e correta. Acham um absurdo a corrupção no serviço público enquanto não vêem problema nenhum dar uma ajudinha para as coisas andarem mais rápido para agentes públicos (e assim criam uma demanda por corrupção).
Creio que as coisas têm dois lados. A ausência completa de estabilidade torna qualquer pessoa uma potencial refém da politicagem, mas a estabilidade acima de tudo é um criadouro de vagabundos. Tão difícil quanto ver um vagabundo escorado no serviço público, é ver um demitido que não cumpriu uma meta intangível (sendo que os que não foram demitidos, venderam badulaques para todos os pais, tios e amigos que conheciam). Quantas pessoas já não me falaram que para pegar empréstimo em banco foram ““““convidados”””” a comprar títulos de capitalizarão!!! Infelizmente eu não consigo aceitar que: é assim mesmo, não tem jeito.
Aliás o fator desumano da iniciativa privada é alvo de uma relação de amor e ódio, que parte dos empregados. Quando estão sofrendo as conseqüências desse fator, ele é desumano. Quando vão justificar porque são melhores do que os mortais comuns, ele é dignificador. Quando existe um fator desumano que impera no serviço público, parecem crianças com inveja do doce alheio, dizendo que o sofrimento deles é “maior mais bonito e mais gostoso”.
Quando você é criado acreditando que político = desonestidade e servidor público = vagabundo, fica difícil ir contra a maré e realizar as mudanças de lá de dentro, pois até mesmo seus amigos e muitos de seus familiares vão te acusar das mais diferentes coisas.
Mas toda mudança gera uma resistência. Até nas leis da física a regra é a estática.
Você quer ter seu defeito jogado na cara? Tente melhorar.
Se você não se veste bem e tenta mudar isso, todos vão tirar sarro e tentar achar a razão humorística para aquilo.
Se você sempre chega atrasado e resolve ser pontual, nunca as pessoas falarão tanto de como você é atrasado.
Mas isso é motivo para não mudar? De jeito nenhum!!
Lembro da minha chefe (exemplo de servidora pública, que pode dar aula para muitos monarcas do setor privado por aí no quesito competência e que conseguiu quase quintuplicar a produtividade no setor, aproveitando a competência dos funcionários que comandava) me dizendo que sempre que chegava às 07:30 da manhã para trabalhar, tinha orgulho de que as pessoas a vissem usando o crachá da instituição e assim, ajudava a destruir o estereotipo de servidor vagabundo e folgado. Da mesma forma eu me sinto quando saio às 23 daqui ou quando resisto a tentação do “Happy Hour” porque tem muito trabalho acumulado.
Trabalho demasiado aliás, causado em grande parte pelos heróis da iniciativa privada, que se desiludem com a injustiça do mundo coorporativo, ou que não vivem dias de rei da selva por três metas imbatíveis seguidas e que fazem concurso para “ficarem sossegados”. Ou também pelo fato de que os bons são convencidos pelos medíocres que o setor público não tem jeito e que o correto é ir para o privado trabalhar loucamente e nas horas vagas ficar reclamando do governo.
Assim como alguns anestesiam a consciência doando R$ 30,00 para o Criança Esperança e tecem o mantra da culpa não é minha, muitos não querem ter nada a ver com isso que está aí, e acham que a saída está na contribuição para campanha eleitoral juntamente com o famosos eu tenho um amigo que trabalha lá. A cervejinha pro guarda ou a propininha pra agilizar as coisas não tem nada a ver com a situação do Brasil, acham eles.
Muitos se menosprezam tanto, que acham que não vão poder mudar nada. Esquecem que uma grande mudança é antecedida de várias pequenas mudanças. Que você pode começar a mudar a imagem do serviço público, simplesmente atendendo o telefone de forma decente ou respondendo e esclarecendo dúvidas de forma satisfatória. Que pode conscientizar as pessoas de diversos modos, e principalmente, que pode fazer algo além de reclamar e menosprezar quem não é igual a você.
Foi o Ricardo Kotcho que tendo contato direto com o poder, viu que não existia muita diferença nas posições das pessoas e sim em seu caráter. Seguindo essa lógica, qual a diferença entre uma pessoa anti-ética de direita ou de esquerda? Ou um desonesto servidor público ou liberal? De um pedófilo sacerdote ou ateu?
Na minha opinião, nenhuma. Até porque um Advogado, Economista, Diplomata, Político ou Banqueiro quando cometem um crime, deixam de ser o que são e passam a ser bandidos, pura e simplesmente.
Os honestos e trabalhadores que ficaram e enfrentaram o conceito formado das pessoas certamente concordarão comigo: pior do que as críticas injustas é a falta de ajuda dos que, por aceitarem como verdade absoluta o clichê sobre o funcionalismo público, cruzam os braços e não fazem nada para mudar as coisas, no campo onde podem (e devem) ocorrer as mudanças.
Basicamente, tudo aquilo contra o que sempre lutam é exatamente tudo aquilo que eles são.
Tem uma frase em uma música que se chama Marcianos invadem a terra, com um trecho que acho dos mais marcantes: “existem muitos formatos, que só tem verniz e não tem invenção, e tudo aquilo contra o que sempre lutam, é exatamente tudo aquilo que eles são”.
Comecei o dia hoje (e terminei o de ontem) pensando nisso. Por mais tolerantes que se achem as pessoas, elas tendem a ter horror às diferenças. Desde futebol na mesa de bar até as diferenças políticas e de concepções profissionais, isso se afirma e prova ser a regra – que algumas vezes é confirmada pelas poucas exceções que surgem.
Hoje em dia a maneira pregada para se mudar as coisas é: abandone-as.
Você não está satisfeito na Igreja?
Muda para outra!!!
A outra não é legal ou o Padre / Pastor falou algo que você não gosta?
Vá para outra!!!
O(a) namorado(a) falou algo que você não concorda ou demonstrou uma falta de cultura imperdoável?
Abandone, pois a fila anda.
O serviço público é uma merda em todos os lugares em que você foi atendido?
Nunca seja um servidor público, porque não é você que vai mudar isso (graças a Deus Roberto Campos não pensava assim)
O que percebo é que se vive uma cultura do Big Brother (como já diria o Pe. Léo SCJ). Se você não gosta elimine!! É mais fácil e indolor.
Ocorre que isso leva a algumas dificuldades e dilemas éticos (devidamente eliminados pelos adeptos da cultura BBB).
Como fica a pessoa usada? Dane-se, é mais uma piranha que peguei.
Como fica o serviço público sem ninguém que realmente queira ser SERVIdoR público? Isso não é problema meu, estou muito ocupado reclamando do governo para pensar nisso.
Tenho amigos que parecem aquelas velhinhas que vão ao mesmo banco a 40 anos e a 40 anos ficam reclamando que a fila é demorada sem fazer nada. Eles reclamam demais do jogo mas não querem entrar pra jogar. Reclamam demais que o serviço público é uma porcaria, mas se acham bons demais para desperdiçar seus prestimosos talentos tentando mudar as coisas lá de dentro. Acham que as 12 horas que trabalham dentro de suas empresas particulares – que exigem metas desumanas – valem mais do que as 12 em que MUITOS do lado de cá trabalham recebendo, muitas vezes, ameaças e punições por trabalharem de forma honesta e correta. Acham um absurdo a corrupção no serviço público enquanto não vêem problema nenhum dar uma ajudinha para as coisas andarem mais rápido para agentes públicos (e assim criam uma demanda por corrupção).
Creio que as coisas têm dois lados. A ausência completa de estabilidade torna qualquer pessoa uma potencial refém da politicagem, mas a estabilidade acima de tudo é um criadouro de vagabundos. Tão difícil quanto ver um vagabundo escorado no serviço público, é ver um demitido que não cumpriu uma meta intangível (sendo que os que não foram demitidos, venderam badulaques para todos os pais, tios e amigos que conheciam). Quantas pessoas já não me falaram que para pegar empréstimo em banco foram ““““convidados”””” a comprar títulos de capitalizarão!!! Infelizmente eu não consigo aceitar que: é assim mesmo, não tem jeito.
Aliás o fator desumano da iniciativa privada é alvo de uma relação de amor e ódio, que parte dos empregados. Quando estão sofrendo as conseqüências desse fator, ele é desumano. Quando vão justificar porque são melhores do que os mortais comuns, ele é dignificador. Quando existe um fator desumano que impera no serviço público, parecem crianças com inveja do doce alheio, dizendo que o sofrimento deles é “maior mais bonito e mais gostoso”.
Quando você é criado acreditando que político = desonestidade e servidor público = vagabundo, fica difícil ir contra a maré e realizar as mudanças de lá de dentro, pois até mesmo seus amigos e muitos de seus familiares vão te acusar das mais diferentes coisas.
Mas toda mudança gera uma resistência. Até nas leis da física a regra é a estática.
Você quer ter seu defeito jogado na cara? Tente melhorar.
Se você não se veste bem e tenta mudar isso, todos vão tirar sarro e tentar achar a razão humorística para aquilo.
Se você sempre chega atrasado e resolve ser pontual, nunca as pessoas falarão tanto de como você é atrasado.
Mas isso é motivo para não mudar? De jeito nenhum!!
Lembro da minha chefe (exemplo de servidora pública, que pode dar aula para muitos monarcas do setor privado por aí no quesito competência e que conseguiu quase quintuplicar a produtividade no setor, aproveitando a competência dos funcionários que comandava) me dizendo que sempre que chegava às 07:30 da manhã para trabalhar, tinha orgulho de que as pessoas a vissem usando o crachá da instituição e assim, ajudava a destruir o estereotipo de servidor vagabundo e folgado. Da mesma forma eu me sinto quando saio às 23 daqui ou quando resisto a tentação do “Happy Hour” porque tem muito trabalho acumulado.
Trabalho demasiado aliás, causado em grande parte pelos heróis da iniciativa privada, que se desiludem com a injustiça do mundo coorporativo, ou que não vivem dias de rei da selva por três metas imbatíveis seguidas e que fazem concurso para “ficarem sossegados”. Ou também pelo fato de que os bons são convencidos pelos medíocres que o setor público não tem jeito e que o correto é ir para o privado trabalhar loucamente e nas horas vagas ficar reclamando do governo.
Assim como alguns anestesiam a consciência doando R$ 30,00 para o Criança Esperança e tecem o mantra da culpa não é minha, muitos não querem ter nada a ver com isso que está aí, e acham que a saída está na contribuição para campanha eleitoral juntamente com o famosos eu tenho um amigo que trabalha lá. A cervejinha pro guarda ou a propininha pra agilizar as coisas não tem nada a ver com a situação do Brasil, acham eles.
Muitos se menosprezam tanto, que acham que não vão poder mudar nada. Esquecem que uma grande mudança é antecedida de várias pequenas mudanças. Que você pode começar a mudar a imagem do serviço público, simplesmente atendendo o telefone de forma decente ou respondendo e esclarecendo dúvidas de forma satisfatória. Que pode conscientizar as pessoas de diversos modos, e principalmente, que pode fazer algo além de reclamar e menosprezar quem não é igual a você.
Foi o Ricardo Kotcho que tendo contato direto com o poder, viu que não existia muita diferença nas posições das pessoas e sim em seu caráter. Seguindo essa lógica, qual a diferença entre uma pessoa anti-ética de direita ou de esquerda? Ou um desonesto servidor público ou liberal? De um pedófilo sacerdote ou ateu?
Na minha opinião, nenhuma. Até porque um Advogado, Economista, Diplomata, Político ou Banqueiro quando cometem um crime, deixam de ser o que são e passam a ser bandidos, pura e simplesmente.
Os honestos e trabalhadores que ficaram e enfrentaram o conceito formado das pessoas certamente concordarão comigo: pior do que as críticas injustas é a falta de ajuda dos que, por aceitarem como verdade absoluta o clichê sobre o funcionalismo público, cruzam os braços e não fazem nada para mudar as coisas, no campo onde podem (e devem) ocorrer as mudanças.
Basicamente, tudo aquilo contra o que sempre lutam é exatamente tudo aquilo que eles são.
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terça-feira, 1 de julho de 2008
Só pra constar
Felipe Chad ainda mantém a censura em seu Blog. Mais dois comentários ignorados.
Espero que ele não tenha sido hipócrita a ponto de assinar o manifesto contra a censura ao CQC no Congresso Nacional, pois está fazendo a mesma coisa.
E tenho dito.
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