domingo, 26 de abril de 2009

Como Brasília perdeu uma prostituta

Como Brasília perdeu uma prostituta

Gilberto Dimenstein

Como era inteligente, a menina prosperava cada vez mais rápido na escola; assim, deixou a prostituição e virou dentista

A educadora Dagmar Garroux preparou uma de suas alunas para ser prostituta. Mas não qualquer prostituta -seria treinada para circular pelos bastidores de Brasília. Além de etiqueta, aprenderia a falar bem português e se viraria no inglês ou espanhol. Com aulas de artes, história e atualidades, ela conseguiria manter uma conversa em recepções. “O treino funcionou”, orgulha-se Dagmar. Funcionou tão bem que Brasília perdeu uma prostituta.

A menina, estimulada com a chance de ser prostituta em Brasília, morava na favela do Parque Santo Antônio, localizada no chamado “triângulo da morte”, na zona sul da cidade de São Paulo. No “triângulo” existe o cemitério São Luiz, que, conta-se, é o lugar onde estariam enterrados mais adolescentes por metro quadrado no mundo.

Dagmar criou, ali, um centro educacional batizado de Casa do Zezinho -o nome é inspirado na poesia “E agora, José?”, de Carlos Drummond de Andrade. Uma das freqüentadoras da casa era a menina, que começou a vender o corpo, na fronteira da adolescência, agenciada por um rapaz mais velho da escola pública em que estudava. Dividiam pela metade o valor de cada programa (R$ 10).

A garota não gostou da intromissão da educadora. “Não se mete, não.
Você nunca pensou em se vender para ganhar dinheiro?”, perguntou, agressiva. Ela era conhecida pela violência, metia-se em brigas. Quase sempre andava com uma faca.

Dagmar suspeitou de que corria o risco de perder a aluna, desfeito o já frágil laço afetivo. Decidiu entrar no jogo. Disse que nunca quis vender o corpo. Mas, se quisesse, não iria aceitar mixaria. “Eu iria cobrar no mínimo R$ 1.000. Isso no começo, depois aumentaria o preço.”

A aluna arregalou os olhos e ouviu a improvável proposta: “Por que você não se prepara para ser puta em Brasília? Você ganha dinheiro e se aposenta”. Com aquele corpo e a bagagem intelectual, acrescentou, certamente iria surgir um marido rico.

No dia seguinte, a garota voltou, animada com a proposta. “Topo”, disse. Dagmar ponderou que ela deveria, então, se preparar. Para começo de conversa, deveria se cuidar para que aumentasse a disputa dos clientes.

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sábado, 25 de abril de 2009

Notícias inúteis!!


Estréia hoje o tag: notícias que você não tem o mínimo interesse em saber mas eu conto mesmo assim!

Francês faz escultura gigante de origami com tickets de ônibus.

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terça-feira, 14 de abril de 2009

Simon toma uma pedrada de Bueno!!



Texto retirado do blog do juca, cujo link é sócio-fundador deste humilde blog:

O apito pela culatra de Simon


Em seu livro "Grêmio: Nada pode ser maior", o escritor Eduardo Bueno, o Peninha, escreveu, no tom jocoso que caracteriza quase todo o livro, que tem até uma homenagem aos brucutus, em sua primeira linha, que "Futebol-arte, todo mundo sabe, é coisa de veado".
Escreveu, também, que o assoprador de apito Carlos Eugênio Simon fazia parte da "infame estirpe dos juízes que surrupiaram o Grêmio".
Por isso foi processado. E perdeu.
O que o levou a distribuir o texto abaixo:

Por EDUARDO "PENINHA" BUENO

Depois de quase dois anos de trâmites, o processo que o apitador Carlos Simon moveu contra mim encerrou-se, em primeira instância, nessa última "quinta-feira santa".
Fomos, a editora Ediouro, que publicou o livro "Grêmio: Nada pode ser maior", de minha autoria, e eu próprio, condenados a pagar cerca de R$ 15 mil ao referido apitador.
Não sei ainda qual a opinião da editora, mas estou enviando esse email para revelar, de público, que, embora ainda caiba recurso, faço questão de "desembolsar" a supracitada quantia, já que considero quase um galhardão, um prêmio, um presente ser processado por alguém da estatura e do currículo de Carlos Simon.
Por vários motivos:
1) Porque tenho a esperança de que o referido profissional use o dinheiro para fazer cursinhos de atualização em arbitragem, de forma que passe a errar menos, em especial contra o Grêmio;
2) Porque me inspirou para escrever o livro "Os erros de Carlos Simon", que será lançado em breve, com a disposição altruísta de que a rememoração do extenso rol de suas falhas o leve aprimorar-se em sua profissão e não marcar mais impedimento em cobrança de lateral;
3) Porque descobri que Ricardo Teixeira e a Comissão de Arbitragem da CBF– que eu desconhecia serem letrados – leram (oh, espanto!) meu livro "Grêmio: Nada pode ser maior".
Como costumo tratar bem meus leitores, vou enviar-lhes um exemplar da nova obra . Enviarei um também para a Confederação de Futebol de Gana, onde Simon é muito admirado;
4) Porque o caso me inspirou a criar um site, errosdesimon.com. aberto à atualizações do público em geral, já que o livro não conseguirá acompanhar a rapidez com que o panorama se modifica;
5) Porque vou reescrever o livro "Grêmio: Nada pode ser maior", extraindo a frase capada pela justiça e, no lugar dela, acrescentar um apêndice com todos os erros do supracitado árbitro contra o Grêmio – sempre na tentativa de que ele se aprimore.
O livro já vendeu 23 mil exemplares, mas sei que a torcida do Grêmio comprará muito mais da nova edição,
6) Porque disposto a ajudá-lo a se aprimorar também na profissão de jornalista – que diz exercer, embora eu nunca tenha lido nem mesmo a frase "Ivo viu a uva" escrita por ele -, venho lançar de público um desafio: ele escreve um livro e eu apito um Grenal e veremos quem erra menos.
(Desde criança, meu sonho sempre foi apitar um Grenal...).
Se o desafio for considerado despropositado, sugiro então um debate público sobre o tema: "O que leva uma criança a decidir ser juiz de futebol?"
Ou então sobre a inquietante questão "Quem somos, de onde viemos e para onde vamos".
7) Por fim, porque tal processo com certeza unirá nossas trajetórias profissionais por um bom tempo e haverá de servir de estímulo para nos aprimorarmos mutuamente no exercício de nossas atividades – levando ainda mais longe o nome do nosso amado Rio Grande.
E, se, porventura, as obras que pretendo escrever sobre o referido árbitro – sempre, repito, no intuito de aprimorá-lo no exercício de sua dura faina – vierem, por algum motivo, a ser censuradas, os processos daí decorrentes certamente irão deflagrar estimulante debate sobre os limites da liberdade de expressão e de opinião.
Tenho certeza de que esse será um tema instigante, cujo desenrolar haverá de colaborar para amadurecimento da nação.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Atiçando a curiosidade

Vou tentar fazer algo que sempre gostei: atiçar as pessoas para que visitem os sites que eu frequento.



Sendo assim, esse é começo de um artigo bem interessante que li no der spigel. Se quiser continuar é só clicar no link abaixo.

"O enxadrista profissional Vassily Ivanchuk, nascido em Berezhany, na Ucrânia em 1969, é considerado grande mestre há vinte anos e está atualmente em terceiro lugar no ranking mundial. O homem de cabelos pretos e olhar sedutor é conhecido como "grande Chucky" por seus colegas. Por quê? Porque depois de perder um jogo, ele vai para a floresta à noite e uiva para a Lua para expulsar seus demônios. Porque ele anda de short a temperaturas geladas. Porque ele gosta de se sentar em quartos escuros. Porque ele costuma olhar para o teto em vez do tabuleiro durante os jogos de xadrez. Porque ele tenta dobrar o cheque ampliado que é entregue ao vencedor depois de um torneio para que caiba no bolso. E porque, como diz o campeão mundial Visvanathan Anand, ele vive no "planeta Ivanchuk"."


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